quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Análise ao PSI



Após este período de volatilidade, achámos importante relembrar este quadro (agora actualizado) com os PERs de grande parte das empresas do PSI20.

Que conclusões tiramos?

Mesmo após uma grande queda, os PERs continuam bastante elevados, não só para os resultados de 2006 mas também para os resultados esperados de 2007 e 2008 (Forward PE).

O mercado sem duvida está caro (muitos podem dizer que em comparação com a empresa X ou Y de outro mercado, está barato. Isso não é verdade, lá por estar mais "barata" não significa que esteja realmente barata.), com PERs bastante superiores a 15 é a prova disso, inferior a 15 é melhor, perto de 10 é o ideal.

Não esquecer que o PER nem de perto nem de longe deve ser a unica maneira de avaliar uma empresa, apenas podemos tirar conclusões gerais. Com isto não quero dizer que o mercado vai descer (não há aqui adivinhos), mas é um aviso para os investidores estarem atentos.

Nota: Para obter informação sobre alguns dos rácios vulgarmente utilizados em análises a empresas consulte: Parte1, Parte2, Parte3.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Como saber a diferença!

Nos últimos dois artigos falámos de empresas que pertencem a dois tipos de negócio destintos. Aqui ficam alguns exemplos de empresas que se enquadram em cada um.

Negócio de produtos


Danone e Nestlé (Longa Vida)
– Perante a presença de dois iogurtes do mesmo género, mas de marcas diferentes, qual deles escolho? O mais barato, sem hesitar. É assim com todos nós! Compramos com base no preço, a marca é um factor secundário.

Bcp e Bpi – Qual o critério de escolha neste caso? Depende do interesse de cada um, mas será baseado nos custos. A maior taxa de juro nos depósitos, o menor spread, as comissões mais baratas…

Hp e Lexmark
– Preciso de uma impressora, tenho duas disponíveis com as mesmas características mas marca diferente. Por qual me decido? A mais barata terá de certeza vantagem.

Monopólio

Edp – A electricidade em casa é indispensável. Quem a fornece? Temos escolha?

Brisa – Viajo de Lisboa ao Porto, pela A1. Posso escolher a quem pagar a portagem? Tenho muitas alternativas para realizar a viagem nas mesmas condições? Obviamente terei de pagar à Brisa.

Coca-cola – É conhecida de todos e todos sabemos que as imitações disponíveis no mercado não passam de imitações “baratas”. Na hora de comprarmos uma Coca-Cola preferimos sem dúvida a original.

Falsos Monopólios

PTMultimédia
– Há uns anos parecia que tinha o monopólio num negócio em que os custos de entrada são muito reduzidos, simplesmente porque não havia concorrentes. Agora que os concorrentes começaram a surgir as coisas são diferentes. A PTM perdeu parte da quota de mercado que liderava.

Google – Tem o monopólio hoje em dia mas apenas porque não há nada melhor. As pessoas não são fiéis ao Google por mais nada a não ser a rapidez dos serviços e a sua potencialidade. Antes do Google surgir, o Yahoo era quem liderava nesse campo. Nenhum deles tem, ou teve o monopólio, apenas grande quota de mercado que pode ser perdida com facilidade, bastando para isso uma ideia melhor.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Monopólio de consumidores

O que é o monopólio de consumidores?
É um tipo de negócio que a longo prazo oferece largas garantias de retorno de capital. Este tipo de negócio subdivide se em dois: os do tipo “portagem da ponte”, ou seja, o consumidor se pretende atravessar a ponte terá de pagar a portagem imposta pelo concessionário, e os de monopólio propriamente ditos em que o mercado é contolado por uma dada empresa. Os consumidores não têm poder de escolha.

A Coca-Cola e o tabaco Marlboro, são exemplos concretos do monopólio de consumidores. São marcas insubstituíveis e que criam valor perante consumidores que pagam o preço que lhes é pedido em troca do produto.

Como identificar um negócio deste tipo?
Lucros estáveis, o consumidor é fiel à marca que comercializa o produto e portanto, o produtor pode aumentar a margem de lucro. Estes são só alguns factores que demonstram como se pode identificar um negócio deste tipo.

A BRISA enquadra-se na perfeição nas empresas do tipo "portagem da ponte". Gere as vias mais movimentadas do país e tem milhares de pessoas diariamente a passar nas suas portagens. Não têm escolha.

Outro tipo de empresa a considerar é a Coca Cola que já referimos. Vende-se em todo o lado, é apreciada por todos e o seu processo de fabrico é segredo. Assim o seu fabricante pode garantir que tem um produto original e os consumidores deste mesmo produto terão que pagar o preço que lhes for imposto.

Negócio de produtos

Warren Buffett classifica os tipos de negócio de acordo com duas designações: negócio de produtos e monopólio de consumidores.

O que é o negócio de produtos?

Dos dois é o que se estima que produza menos resultados pois o preço a que os produtos são vendidos é o único factor que importa na decisão de compra por parte do consumidor.

Fabricantes têxteis, empresas petrolíferas, produtores de alimentos são exemplos chave deste tipo de negócio. As pessoas compram o arroz mais barato, a gasolina mais barata, a roupa mais acessível.


Como identificar um negócio deste tipo?


Reduzida margem de lucro:
A concorrência através do preço leva a que uma empresa baixe o preço dos seus produtos.

Ausência da fidelidade a marcas:
se a marca do produto em questão não lhe diz nada então é um indicador de que estamos perante este tipo de negócio.

Presença de múltiplos produtores: Quando há mais que um produtor a fabricar o mesmo produto, isto gera concorrência, os preços baixam e as margem de lucro são reduzidas.

Lucros instáveis: Padrões de sobe e desce nos lucros por acção dos últimos 10 anos.


Se a empresa que analisa se enquadra nestes padrões então a empresa não lhe trará lucros excepcionais a longo prazo.

Podemos dar aqui o exemplo do serviço de Internet. Se o serviço da PT é excepcional mas o da Clix (SONAE) é mais barato então um cliente escolherá certamente o da Clix. São apenas exemplos de um serviço prestado pela empresa e não representam uma análise à empresa uma vez que a sua actividade não se resume a isto. De qualquer forma é este o tipo de raciocínio a aplicar na análise de uma empresa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Capital Expenditure

Quando usamos o DCF para avaliar uma empresa como o WMT (Wal-Mart), o CapEx normalmente é igual ou superior ao dinheiro das operações, dando um valor dos "Owner Earnings" errado, como resolver o problema?

De facto, calculando os “Owner Earnings” ou mesmo o “Free Cash Flow” em empresas de retalho (por exemplo), o CapEx é bastante elevado devido ao dinheiro investido no crescimento do negocio (compras de lojas, construção de lojas, etc).

A solução é separar o dinheiro necessário para manter as operações e no crescimento das operações e usar como CapEx, apenas o dinheiro usado para manter as operações.

Como distinguir?

Esta é a pergunta chave, como saber qual a parte de dinheiro usada para manter e usada para crescer?

Ás vezes, a empresa informa no seu relatório anual o dinheiro usado para ambas, mas muitas delas normalmente não dizem.

Poderíamos concluir que se não há a informação que necessitamos, então passamos para a próxima empresa e esquecemos esta, ou podemos olhar para o CapEx dos últimos 10 anos e ver se é consistente, no caso de ser, provavelmente é dinheiro usado para manter as operações, ou então se o CapEx sobe repentinamente pode significar que foi usado nesse ano dinheiro para expandir a empresa e o resto é dinheiro de manutenção das operações.

Normalmente quando há duvidas nos cálculos, a solução é esquecer e passar á frente.

Critérios Indispensáveis

Nestes tempos de grande volatilidade é sempre importante nunca esquecer olhar para as finanças da empresa, independentemente de ter descido 10%,20% ou 90%.

Estes critérios devem ser sempre examinados e estudados.

1.Return On Equity (ROE)

Empresas que possuem qualquer tipo de vantagem competitiva possuem um ROE
superior a 12% durante longos períodos de tempo.

É sempre bom investir em empresas que possuam um ROE superior á industria.

2.Return On Capital (ROC)

Certas empresas diminuem o seu capital próprio de modo a aumentar o seu ROE, logo é sempre importante olhar para o ROC.

O que procuramos é empresas com um ROE superior a 12% e um ROC superior a 12%.
Para empresas do sector financeiro que pedem dinheiro a 5% e emprestam a 6%, o seu ROC é obviamente quase nulo, logo em vez de ROC procuramos por ROA (Return On Assets) superiores a 1%, sendo 1.5% ou mais excelente.

3.Crescimento nos lucros por acção (EPS)

Uma empresa que nos últimos 10 anos aumentou anualmente os seus EPS e o seu negócio nada ou pouco se alterou, é quase garantido que nos próximos anos irá continuar a crescer independente do ano corrente ter sido bom ou mau (no caso de ser mau, pode ser uma boa oportunidade de investimento).

O que procuramos é empresas que os seus lucros por acção sejam consistentes nos últimos 10 anos.

4.Divida

O rácio mais usado para saber o endividamento da empresa é o Debt/Equity, convém não ser superior a 1.

Outro “truque” que funciona melhor para saber o endividamento de uma empresa é ver se a divida de longo prazo. pode ser paga em menos de 5 anos apenas com os lucros anuais. Por exemplo, se uma empresa tem uma divida de $5b e tem um lucro de $1.5b anual, pode pagar a divida em menos de 5 anos, é isto que procuramos.

Para o sector financeiro nada disto funciona, pois o negocio é emprestar e pedir dinheiro, logo tem uma grande quantidade de divida.

5.Cash From Operating Activities

Uma empresa pode apresentar lucros usando dinheiro financiado, por isso, é sempre bom confirmar que o dinheiro das operações (Cash from Operating Activies) é positivo e o dinheiro financiado (Cash from Financing Activities) é negativo.

Empresas que constantemente têm dinheiro de operações negativo e dinheiro de financiamento positivo, requerem um pouco mais de pesquisa e conhecimento.

Mais uma vez, isto não afecta o sector financeiro.


Para saber mais sobre os rácios aqui falados, ler a série de três artigos anteriores.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Top 100 Blogs de Finanças

ValueWiki tem uma lista dos melhores 100 blogs de finanças.

Muitos deles são sobre "Value Investing", logo vale a pena dar uma vista de olhos em todos e escolher os que de facto se enquadram no tema.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Institutional Ownership

Alguns dos rácios colocados nos posts anteriores estão já calculados no google finance.
Mas há também um campo no google finance, que aparece por cima dos gráficos de cada empresa, é referenciado com o nome “ inst. own” e está sob a forma de percentagem.

O que significa este campo?
Este campo representa a percentagem de acções da empresa em causa que pertencem a instituições (bancos, estão aplicadas em fundos de investimento..).

Como devemos interpretar o valor?
Quanto maior este valor mais facilmente a acção será manipulada, no caso de alguma das instituições vender os seus activos. Isto acontece porque estas instituições financeiras têm grandes participações de capital nestas empresas.

Quando, por qualquer motivo se toma uma decisão de venda, o número de acções a ser posto à venda é elevado, o que pode fazer com que o preço desça. Há ainda que considerar que a decisão de venda por parte de uma destas instituições provoca nos pequenos investidores um sentimento de pessimismo em relação à empresa.

Tendo em conta estes dois motivos, não será vantajoso adquirir empresas com elevada percentagem das suas acções pertencentes a instituições.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Rácios - Parte 3

Dividend yield: Annual Dividends per Share/ Price per Share; É o rendimento que a empresa distribui aos seus accionistas na forma de dividendos. As empresas cujo negócio é sólido tendem a ter maiores dividendos. Como já referimos várias vezes, uma empresa que paga dividendos regularmente é segura, na medida em que o dinheiro utilizado para este fim vem dos frutos do negócio e não de qualquer empréstimo.

Return On Investment Capital: (Net Income – Dividends)/ Total Capital; É uma medida da performance, e instrumento da projecção financeira da empresa. Não é o lucro que determina se uma acção é ou não atractiva mas qual o lucro que cada unidade de moeda consegue gerar, com o negócio da empresa. E é isto que o ROIC mede, se o capital de uma empresa tem sido bem aplicado.

Return on Assets: Net Income / Total Assets; Indica-nos quão rentável é a empresa relativamente aos recursos que possui. Dá nos uma ideia da qualidade da gerência da empresa pois ajuda-nos a compreender o que a empresa consegue gerar. O valor varia de indústria para indústria pelo que é vantajoso compará-lo com o de empresas do mesmo sector. Quanto maior o valor mais rentável será a empresa.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Rácios - Parte 2

Quick Ratio: (Current Assets - Inventory) / Current Liabilities; É uma medida da liquidez de uma empresa e da capacidade que ela tem para cumprir com as suas obrigações. É um sinal que demonstra se a empresa está financeiramente forte ou debilitada. Quanto maior o valor do rácio maior será a robustez da empresa a nível financeiro.

Price/Earnings Ratio: Market Value per Share / Earnings per Share;
É a medida mais usada para avaliar se um activo está caro e representa o montante que teremos de pagar por cada unidade de moeda de ganhos da empresa. É bastante vantajoso comparar o P/E com o de outras empresas da mesma indústria e com o do mercado em geral. Quanto menor o P/E melhor será a empresa.

Profit Margin: Gross Profit / Total Sales; È útil para a comparação com empresas da mesma indústria. Quanto maior o seu valor mais rentável é a empresa e melhor é o controlo que ela tem sobre os custos, comparativamente com os seus concorrentes.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Rácios - Parte 1

Os rácios conduzem a uma análise quantitativa da informação financeira de uma empresa. São calculados com os valores mais recentes que se conhecem da empresa e são depois comparados com valores de anos anteriores, analisados isoladamente ou comparados com os de outras empresas.

Aqui fica um conjunto dos mais importantes rácios.

Book value - (Total Assets - Intangible Assets - Total Liabilities) / Outstanding Common Shares; É o valor total que cada acção vale teoricamente se a empresa fechasse. Este valor pode indicar-nos se a empresa está sobreavaliada ou não, pois se o preço de venda de uma acção está abaixo do “book value”, então a diferença entre os dois será o ganho real do investimento.

Debt/Equity: Total Liabilities / Shareholders' Equity; É importante focar que se o rácio é superior a 1 a maioria dos recursos é financiada recorrendo à divida. Investir numa empresa com um rácio desta natureza superior a 1 pode ser arriscado, especialmente em épocas em que as taxas de juro sejam crescentes, pois a divida torna-se maior.

Working Capital: Current Assets - Current Liabilities;
O resultado pode ser positivo ou negativo mas uma empresa que tenha um “working capital” positivo será melhor sucedida que uma empresa em que este valor é negativo, pois pode expandir o negócio. Comparando o “working capital” de períodos sucessivos podemos verificar facilmente se este valor é crescente. No caso de não ser, isto pode indicar-nos que algo se passa na empresa.

Current Ratio: Current Assets / Current Liabilities; Representa a capacidade que uma empresa tem para liquidar as suas responsabilidades no curto prazo. Quanto maior o rácio maior é esta capacidade, e para valores inferiores a 1 então a empresa não estará a atravessar o melhor período uma vez que a capacidade para liquidar as suas dívidas é bastante reduzida.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Fórmula de Kelly

A formula de Kelly ajuda nos a saber a percentagem do nosso portfólio que devemos investir num negócio. Esta fórmula assume que o objectivo é o investimento a longo prazo e que o crescimento esperado do negócio é positivo.

Esta fórmula tem dois componentes:
W – representa a probabilidade do trade que fazemos ter um retorno positivo.
R – Representa o total de trades bem sucedidos dividido pelo total de trades mal sucedidos.

Kelly % = W – [(1 – W) / R]

Como usar a fórmula?

Idealmente devemos aceder aos últimos 50 a 60 negócios.

Cálculo do W: dividir o número de trades que tiveram um resultado positivo pelo número total de trades. Quanto mais próximo de 1 for o resultado melhor.

Cálculo de R: Dividir a média dos ganhos dos trades positivos pela média das perdas dos trades com resultado negativos.

A fórmula devolve um valor menor que 1 que representa a percentagem do portfolio que devemos investir neste negócio. No entanto é necessário ter um pouco de bom senso e nunca investir mais de 20% (aproximadamente) num único negócio de forma a não corrermos riscos desnecessários.

Aqui fica uma calculadora que permite calcular a percentagem de Kelly.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Aprender com Warren Buffett

Em Abril, Buffett comprou cerca de 40 milhões de acções da BNI a cerca de $80, passado uns tempos, a acção subiu cerca de 10%, tornando isso um preço demasiado alto para Warren Buffett.

Devido aos problemas recentes, o preço voltou aos $80, dando a Buffett a oportunidade de aumentar a participação na empresa, comprando 1.62 milhões de acções.

O que podemos aprender desta compra?

Quando se sabe o valor de uma empresa, o que queremos é comprar o mais barato possível, por isso, sempre que é feita uma compra com uma boa margem de segurança e o preço baixar ainda mais, não há razão para se preocupar mas sim para ficar contente e aumentar mais a sua participação, se o preço era bom a $10 não é melhor a $8 ou $9?

Carl Icahn & George Soros

O bilionário George Soros comunicou que o seu fundo detem 5.52% da Ultrapetrol (ULTR). (Artigo Completo)

Carl Icahn aumentou o numero de acções da Temple-Inland Inc. (TIN) para 8.7 milhões, de 6.7% para 8.3%. (Artigo Completo)

domingo, 5 de agosto de 2007

O que anda Buffett a comprar?

Essa é a pergunta de um milhão de euros, saber o que anda Warren Buffett a comprar.

Como a lista de compras do ultimo trimeste está a sair, está a ser feito a pergunta aos leitores do gurufocus. Apenas tem de dizer o que Buffett comprou nestes meses, se acertar ganha um livro escolhido entre vários livros de investimento.

Boa sorte.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O que se está a passar nos mercados?

Um excelente artigo escrito pelo famoso guru Jim Cramer explica o que se está a passar nos mercados de crédito nos Estados Unidos.

Defensivo VS Agressivo

Segundo Graham escreveu no livro The Intelligent Investor, há dois tipos de investidores, "Defensive e Enterprising". A diferença entre os dois não é a diferença de risco, mas sim o tempo que se está disposto a dispensar a esta actividade.

Segundo isto, Graham elaborou alguns critérios para ambos os tipos de investidores (lembre-se, não há meio termo, ou se é um tipo, ou outro).

Os critérios do investidor defensivo são como o próprio nome diz, mais defensivos, os do investidor agressivo são menos conservadores mas requer bastante mais trabalho.

Neste link tem explicado todos os critérios usados por Graham e informações sobre a fórmula de Graham.

Ao inserir o nome da empresa, para além de ser calculado o valor da empresa segundo a fórmula de Graham, também tem filtros para os respectivos tipos de investidores.

Com este site é bastante simples saber se é uma boa compra para o investidor defensivo ou agressivo.

Lembre-se, a diferença entre um investidor defensivo e agressivo não é o risco que correm, mas sim o tempo que é dependido. Para um investidor defensivo, comprar um pote de acções apenas de acordo com os critérios, "garante" uma rentabilidade (segundo Graham) superior ao indice, para os investidores agressivos os critérios devem ser só um ponto de partida.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Diversificar

Diversificar, surge para alguns de nós associado à ideia de termos um portfólio extenso, com um elevado número de activos. Mas muitas vezes isto pode não ser vantajoso pois os ganhos provenientes de alguns activos serão consumidos pelas perdas de outros.

Investir nas principais empresas de cada sector pode ser uma boa estratégia. Se a empresa for forte o suficiente a probabilidade do investimento ser bem sucedido é muito maior.

Perceber o negócio e saber se a empresa tem realmente capacidade de ultrapassar os problemas é também importante. Não basta a empresa ser líder de mercado ou ser conhecida. É preciso estudar se a empresa é dinâmica e tem potencial de crescimento, pois se uma empresa não se adapta às mudanças no mercado, rapidamente pode regredir e deixar de estar no topo do mercado.

Procurar o melhor preço é também um factor importante. Fazer bons negócios a bom preço, o ideal. Mesmo que uma empresa tenha um potencial de crescimento anual elevado, devemos sempre procurar o melhor preço de forma a aumentarmos também os lucros.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Volatilidade e a Situação Actual dos Mercados

Volatilidade define-se como sendo o grau médio de variação das cotações de um título em determinado período. É a medida de risco mais conhecida, mais utilizada e há vários indicadores que nos permitem adequá-la aos diferentes gráficos.

Nas últimas sessões de bolsa, se analisarmos um destes indicadores, rapidamente concluímos que os mercados estão bastante voláteis. Um bom exemplo disto são as oscilações que se estão a verificar hoje nos principais índices norte-americanos.

É portanto necessário tomar percauções contra este factor. E a melhor maneira de o fazermos é, sem dúvida, alargar o horizonte temporal dos nossos investimentos, fazendo negócios de longo prazo e evitando os de curto prazo que, neste momento, não têm solidez pois não há uma tendência definida.

O que devemos fazer quando tudo desce

Em dias como hoje, em que tudo desce, muitas vezes o pânico instala-se e a tendência por vezes é a de fazer coisas das quais mais tarde nos podemos vir a arrepender. Há um conjunto de coisas que não devemos fazer (mesmo que o pânico fale mais alto).

Continuar a fazer o que costumamos fazer normalmente é crucial. Analisar o comportamento das acções em que estamos interessados, comprar algumas se atingirem o preço que consideramos ideal para a margem de segurança que praticamos, mas acima de tudo nunca investir mais dinheiro que aquele que podemos perder (há sempre que ter presente que ao praticar investimentos desta natureza corremos riscos).

Estes dias são muitas vezes aproveitados por aqueles que melhor controlam as emoções (digamos assim), que utilizam estes dias para comprar a bom preço o que vendemos a qualquer preço.

Portanto se não conseguimos controlar as nossas emoções e ver os nossos portfolios descer 1 ou 2% num curto espaço de tempo o melhor será aproveitar estes dias para fazer outras coisas.