sábado, 27 de outubro de 2007

Leituras para tempos complicados

Benjamin Graham, o famoso professor de Warren Buffet que é considerado o maior investidor do mundo escreveu o livro The Intelligent Investor á mais de 50 anos atrás, Warren Buffett ainda hoje diz que é o melhor livro de investimentos de todos os tempos e agora que saíu uma versão gratuita na Net penso que todos os investidores o deviam ler.

The Intelligent Investor

Este continua a ser o MELHOR livro sobre o tema, é aconselhável a todos os investidores o lerem. Poderá ser o unico livro que terão de ler.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

3 erros a evitar

Fazer pouca ou nenhuma pesquisa antes de comprar uma acção

Confiaria num estranho para tomar conta dos seus filhos ou conduzir o seu carro? Então porque confiaria o dinheiro fruto do seu trabalho nas mãos de equipas de gestão?

Se quer jogar vá a um casino! Lembre-se que sempre que compra uma acção há o outro lado do negócio, e se este lado tiver um conhecimento superior ao seu você está em desvantagem.

Comprar acções com base em boatos ou opiniões

Quem lhe diz que quem está a dar a opinião não sabe menos do assunto que você? Não siga sugestões sem justificação ou argumentos sólidos. Os boatos também não são um ponto de partida, já que uma vez que se não forem verdadeiros, o regresso à realidade virá piorar a situação.

Erro ao separar o preço do valor

Quando vamos comprar qualquer coisa, o preço que pagamos por ela não é o preço que ela custa mas sim o preço que estamos dispostos a pagar por ela.
No que diz respeito aos mercado um bom exemplo é a Berkshire Hathaway em que, muitas vezes o valor intrínseco e o valor da acção seguem muito próximos, outras vezes não, ou seja, são coisas diferentes. Reconhecer esta distinção é importante para o sucesso dos investimentos.

Resta-nos eliminar o maior número de maus hábitos possíveis para nos podermos tornar grandes investidores!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Conselho a um jovem de 21 anos

O artigo a seguir é baseado num artigo escrito por Warren Boroson para responder a um jovem que lhe pediu uma recomendação de fundos para investimento de longo prazo. O jovem de 21 anos tinha $15,000 para investir.

Responder a uma pergunta destas é difícil e não o podemos fazer sem antes responder primeiro às seguintes questões:

• Tem um seguro adequado? – Seguro de saúde, de vida (se alguém depende dessa pessoa), de casa (caso tenha uma)..

• Tem um fundo de emergência? – Dinheiro extra que possa cobrir uma perda de emprego repentina ou uma despesa de saúde inesperada?

• Tem um trabalho seguro ou uma fonte de rendimento segura? Algo que possa diminuir a probabilidade de recorrer ao fundo de emergência.

• Pretende seguir o portofólio atentamente ou não? Se não planeia acompanhar tudo de perto é melhor entregar o seu dinheiro a um gestor ou subscrever uma newsletter que forneça um portofolio modelo (Morningstar, por exemplo).

• Está acostumado à volatilidade natural dos mercados? Ou ficará em pânico se os $15,000 se transformarem em 14,500? Qual a tolerância da pessoa ao risco?

Então, a resposta à questão inicial varia bastante e vai desde um fundo mais conservativo, até um mais agressivo.

A Morningstar disponibiliza um rating dos fundos, o que é um bom ponto de partida para uma pesquisa mais selectiva. Com esse montante pode constituir-se um portofolio diversificado, mas o mais importante a reter, é o facto de não devermos sobrepor os nossos investimentos às necessidades que todos nós temos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Avaliar Entidades Financeiras - Parte I

O sector financeiro tem sido "ameaçado" por problemas de crédito, fazendo empresas financeiras perderem parte da sua capitalização bolsista, muitas vezes em nada alterado o real valor da empresa.

Com este artigo, a ideia é conseguir calcular o valor de um banco que esteja em crescimento estável. Como é bastante difícil inserir as fórmulas de modo compreensível no blog, vai ser explicado usando um exemplo da Citigroup.

Avaliação usando o "Dividend Discount Model" - Citigroup

- Em 2006 a Citigroup teve um Payout Ratio de 47.00%, com um crescimento de 5% anual, podemos tirar a média de 60% para os próximos anos.
- O ROE é de 17.86%
- Devido ao seu tamanho e aos problemas competitivos que enfrenta, vamos assumir que o seu crescimento vai ser estável nos próximos anos de 5%.
- Os resultados esperados para 2007 são de 23,045$M.
- Vamos assumir que o retorno desejado é de 10% e o beta é de 1.00.

Tendo os dados todos em cima, vamos á avaliação:

Valor do Citigroup = ((Resultados esperados)(1 + Crescimento na perpetuidade)(Payout Ratio))/ (Retorno desejado - Crescimento na perpetuidade)

Dando o valor de: 23045*1.05*0.60 / (0.1 - 0.05) = 290,367$M

Nunca esqueçer da margem de segurança de 25%, logo o preço ideal para comprar o Citigroup é de: 217,775$M

Se as contas estiverem bem feitas, podemos concluir que a Citigroup apesar de uma descida de 15% desde o inicio do ano continua com uma margem de segurança inferior ao desejado.

Esta é uma das melhores maneiras de avaliar bancos com crescimento estável (normalmente bancos que já possuam um valor bastante elevado que seja dificil crescer muito mais, bancos regionais, etc).

Nos próximos dias vão ser colocados artigos de outras maneiras de calcular o valor de empresas financeiras, não esquecer que o cálculo usando o método do DCF pode ser complicado neste sector.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O que fazer durante uma correcção! (parte 2)

4. Se a correcção continuar, comportarmo-nos calmamente e estabelecer novas posições incompletas é uma boa estratégia. Devemos esperar por um declínio curto mas prepararmo-nos para um longo. O fluxo de dinheiro é bem vindo. Sempre que tenhamos ganhos satisfatórios devemos vender a posição e esperar por melhores dias e melhores oportunidades.

5. Devemos estar fora dos mercados enquanto o mercado está a corrigir: diminui o sentimento de pânico. Como o nosso dinheiro continua intocável, a mudança nos mercados é apenas uma alteração percentual.

6. Identificar novas oportunidades de compra usando um conjunto de regras consistentes é uma forma de saber sempre defender se da propaganda e das ideias alheias. Concentre-se no valor e deixe de parte o risco.

7. Examine a performance do seu portofolio: tenha em mente os seus objectivos de investimento e não corra riscos desnecessários. Espere que a tempestade passe! Depois da tempestade vem a bonança.

As correcções variam na profundidade e na duração. As curtas e profundas são as mais desejadas. Longas e lentas são mais difíceis de tratar. No entanto não podemos fugir destes momentos.

Actualmente os mercados estão bastante vulneráveis e é importante ter estes pontos em mente. O importante é saber aceitar estes momentos com naturalidade.

O que fazer durante uma correcção?

Todas as correcções são diferentes e resultam de muitos e variados factores económicos, políticos que criam circunstancias que levam ao balanço dos mercados financeiros.

As correcções são uma certeza dos mercados financeiros e conduzem os actuais preços para o seu actual valor ou para valores de suporte. As épocas de correcção são também aquelas em que se encontram melhores oportunidades de investimento.

Aqui fica uma lista de coisas que devemos fazer (ou pelo menos pensar) durante as correcções.

1. Primeiro que tudo interessa saber que não estamos imunes a este tipo de variações. Não devemos olhar a descida do nosso portefólio sem nada fazer, mas antes seguir os passos dos investidores inteligentes: reforça-lo.

2. Olhar para o passado. Nunca houve uma correcção que não tenha sido uma oportunidade de compra. Quando são correcções rápidas a corrida às boas oportunidades quando tudo acalma é igualmente rápida. Esteja pronto para a corrida!

3. Olhar para o futuro. Ninguém lhe vai dizer quanto tempo durará a correcção me quando acabará. Se estiver a realizar boas compras então tudo isto será ainda mais emocionante e os ganhos feitos naturalmente depois deste período serão vistos com um grande sorriso.

(a continuação do artigo será publicada amanhã)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Comprar barato e vender caro

Nunca é demais relembrar que todas as empresas têm um “valor intrínseco” (uma medida de quanto a empresa vale na realidade). Comprar barato equivale a comprar abaixo desse valor.

Mas isto não é suficiente, é necessário também uma margem de segurança já discutida anteriormente para nos garantir que o nosso investimento é seguro e que há uma probabilidade enorme de a acção se aproximar do seu valor intrínseco.

Logicamente, se uma empresa abaixo do seu valor intrínseco é uma boa oportunidade de compra, então uma empresa que se apresente acima do seu valor intrínseco poderá ser uma boa oportunidade de venda.

Esta era uma estratégia utilizada por Graham que gostava de comprar negócios que se encontrassem em saldo. Comprar barato e vender caro é, analisando à letra o significado da expressão, exactamente isto: comprar qualquer coisa a um preço inferior ao seu valor e vender a um preço superior.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Como saber?

Como saber se uma empresa tem o monopólio ou não, é uma pergunta que muitas duvidas trás a todos.

Existem vários empresas que todos os anos publicam as 100 melhores marcas do mundo. Isso é um bom ponto de partida, as empresas em que Warren E. Buffett investe, estão quase todas nessas listas.

Deixamos aqui a lista de 2007 da Interbrand e da Brandz.

Qualquer empresa que figure no Top 100 durante vários anos, é garantido que tem um grande monopólio de consumidores.

Para ver a lista de 2006, clique aqui.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Á procura de ideias?

Grandes ideias são sempre difíceis de encontrar. Paciência é um bem essencial para um investidor de sucesso, enquanto se espera por uma grande ideia é sempre bom ter lugares por onde procurar.

Pabrai, um dos melhores investidores do nosso tempo, disse o seguinte numa entrevista:

"The No. 1 skill that a successful investor needs is patience. You need to let the game come to you. My steady-state modus operandi is to assume that I'm just a gentleman of leisure, and that I'm not in the investment business. If something looks so compelling that it screams out at me, saying "Buy me!!," I then do a drill-down. Otherwise, I'm just reading for reading's sake. So, I scan a few sources and usually can find something scream out at me a few times a year. These sources(in no particular order) are:

1. 52-Week Lows on the NYSE (published daily in The Wall Street Journal and weekly in Barron's)
2. Value Line (look at their various "bottoms lists" weekly)
3. Outstanding Investor Digest (www.oid.com)
4. Value Investor Insight (www.valueinvestorinsight.com)
5. Portfolio Reports (from the folks who put out OID)
6. The Wall Street Journal
7. Financial Times
8. Barron's
9. Forbes
10. Fortune
11. BusinessWeek
12. The Sunday New York Times
13. The Value Investors' Club (www.valueinvestorsclub.com)
14. Magic Formula (www.magicformulainvesting.com)
15. Guru Focus (www.gurufocus.com)"


Esta lista de 15 sites são o lugar ideal para ir esperando por uma ideia, mais tarde ou mais cedo ela aparecerá. Com a leitura constante dos jornais, seguir o que os gurus compram e análises de profissionais, é muito mais fácil encontrar a empresa certa, depois é só esperar pela altura certa.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Preparar o Futuro

Uma estatística divulgada recentemente nos Estados Unidos releva o seguinte:

• 36% das mulheres estão preocupadas seriamente com facto de se aposentarem (contra 29% dos homens).
• 48% dos homens dizem estar bem preparados para se aposentarem (contra 36% das mulheres).
• No último ano, 49% das mulheres dizem ter guardado apenas 5% dos seus rendimentos.
• A percentagem de mulheres que tem conta numa correctora é de 41% contra 55% no que toca a homens.

Estes são só algumas das estatísticas efectuadas, e a situação é deprimente. Certamente que os resultados não seriam melhores no nosso país, antes pelo contrário.

O que fazer?

O primeiro passo consiste em gastar menos. A nossa vida não seria seriamente afectada se cortássemos alguns gastos supérfluos. É preciso guardar e investir o dinheiro antes que a oportunidade de o gastar apareça.

Ter sempre um "pé de meia" para qualquer problema inesperado.

Depois há que ser eficiente e investir o dinheiro por forma a tornar os investimentos rentáveis.

Charlie Munger

Charlie Munger é sócio de Warren Buffett e um investidor brilhante. Além de ser parceiro de Buffett na Berkshire Hathaway, este é também presidente da Wesco Financial.

Mas antes de se juntar a Buffett, na década de 70, a sua firma conseguiu um retorno anual médio de 24,3% entre 1962 e 1975 (Com o Dow avançando apenas 6,4% no mesmo período).

É portanto um exemplo a seguir. No link abaixo podemos encontrar diversos artigos escritos por ele, entrevistas, livros recomendados, entre outros!

Charlie Munger

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Análise ao PSI



Após este período de volatilidade, achámos importante relembrar este quadro (agora actualizado) com os PERs de grande parte das empresas do PSI20.

Que conclusões tiramos?

Mesmo após uma grande queda, os PERs continuam bastante elevados, não só para os resultados de 2006 mas também para os resultados esperados de 2007 e 2008 (Forward PE).

O mercado sem duvida está caro (muitos podem dizer que em comparação com a empresa X ou Y de outro mercado, está barato. Isso não é verdade, lá por estar mais "barata" não significa que esteja realmente barata.), com PERs bastante superiores a 15 é a prova disso, inferior a 15 é melhor, perto de 10 é o ideal.

Não esquecer que o PER nem de perto nem de longe deve ser a unica maneira de avaliar uma empresa, apenas podemos tirar conclusões gerais. Com isto não quero dizer que o mercado vai descer (não há aqui adivinhos), mas é um aviso para os investidores estarem atentos.

Nota: Para obter informação sobre alguns dos rácios vulgarmente utilizados em análises a empresas consulte: Parte1, Parte2, Parte3.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Como saber a diferença!

Nos últimos dois artigos falámos de empresas que pertencem a dois tipos de negócio destintos. Aqui ficam alguns exemplos de empresas que se enquadram em cada um.

Negócio de produtos


Danone e Nestlé (Longa Vida)
– Perante a presença de dois iogurtes do mesmo género, mas de marcas diferentes, qual deles escolho? O mais barato, sem hesitar. É assim com todos nós! Compramos com base no preço, a marca é um factor secundário.

Bcp e Bpi – Qual o critério de escolha neste caso? Depende do interesse de cada um, mas será baseado nos custos. A maior taxa de juro nos depósitos, o menor spread, as comissões mais baratas…

Hp e Lexmark
– Preciso de uma impressora, tenho duas disponíveis com as mesmas características mas marca diferente. Por qual me decido? A mais barata terá de certeza vantagem.

Monopólio

Edp – A electricidade em casa é indispensável. Quem a fornece? Temos escolha?

Brisa – Viajo de Lisboa ao Porto, pela A1. Posso escolher a quem pagar a portagem? Tenho muitas alternativas para realizar a viagem nas mesmas condições? Obviamente terei de pagar à Brisa.

Coca-cola – É conhecida de todos e todos sabemos que as imitações disponíveis no mercado não passam de imitações “baratas”. Na hora de comprarmos uma Coca-Cola preferimos sem dúvida a original.

Falsos Monopólios

PTMultimédia
– Há uns anos parecia que tinha o monopólio num negócio em que os custos de entrada são muito reduzidos, simplesmente porque não havia concorrentes. Agora que os concorrentes começaram a surgir as coisas são diferentes. A PTM perdeu parte da quota de mercado que liderava.

Google – Tem o monopólio hoje em dia mas apenas porque não há nada melhor. As pessoas não são fiéis ao Google por mais nada a não ser a rapidez dos serviços e a sua potencialidade. Antes do Google surgir, o Yahoo era quem liderava nesse campo. Nenhum deles tem, ou teve o monopólio, apenas grande quota de mercado que pode ser perdida com facilidade, bastando para isso uma ideia melhor.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Monopólio de consumidores

O que é o monopólio de consumidores?
É um tipo de negócio que a longo prazo oferece largas garantias de retorno de capital. Este tipo de negócio subdivide se em dois: os do tipo “portagem da ponte”, ou seja, o consumidor se pretende atravessar a ponte terá de pagar a portagem imposta pelo concessionário, e os de monopólio propriamente ditos em que o mercado é contolado por uma dada empresa. Os consumidores não têm poder de escolha.

A Coca-Cola e o tabaco Marlboro, são exemplos concretos do monopólio de consumidores. São marcas insubstituíveis e que criam valor perante consumidores que pagam o preço que lhes é pedido em troca do produto.

Como identificar um negócio deste tipo?
Lucros estáveis, o consumidor é fiel à marca que comercializa o produto e portanto, o produtor pode aumentar a margem de lucro. Estes são só alguns factores que demonstram como se pode identificar um negócio deste tipo.

A BRISA enquadra-se na perfeição nas empresas do tipo "portagem da ponte". Gere as vias mais movimentadas do país e tem milhares de pessoas diariamente a passar nas suas portagens. Não têm escolha.

Outro tipo de empresa a considerar é a Coca Cola que já referimos. Vende-se em todo o lado, é apreciada por todos e o seu processo de fabrico é segredo. Assim o seu fabricante pode garantir que tem um produto original e os consumidores deste mesmo produto terão que pagar o preço que lhes for imposto.

Negócio de produtos

Warren Buffett classifica os tipos de negócio de acordo com duas designações: negócio de produtos e monopólio de consumidores.

O que é o negócio de produtos?

Dos dois é o que se estima que produza menos resultados pois o preço a que os produtos são vendidos é o único factor que importa na decisão de compra por parte do consumidor.

Fabricantes têxteis, empresas petrolíferas, produtores de alimentos são exemplos chave deste tipo de negócio. As pessoas compram o arroz mais barato, a gasolina mais barata, a roupa mais acessível.


Como identificar um negócio deste tipo?


Reduzida margem de lucro:
A concorrência através do preço leva a que uma empresa baixe o preço dos seus produtos.

Ausência da fidelidade a marcas:
se a marca do produto em questão não lhe diz nada então é um indicador de que estamos perante este tipo de negócio.

Presença de múltiplos produtores: Quando há mais que um produtor a fabricar o mesmo produto, isto gera concorrência, os preços baixam e as margem de lucro são reduzidas.

Lucros instáveis: Padrões de sobe e desce nos lucros por acção dos últimos 10 anos.


Se a empresa que analisa se enquadra nestes padrões então a empresa não lhe trará lucros excepcionais a longo prazo.

Podemos dar aqui o exemplo do serviço de Internet. Se o serviço da PT é excepcional mas o da Clix (SONAE) é mais barato então um cliente escolherá certamente o da Clix. São apenas exemplos de um serviço prestado pela empresa e não representam uma análise à empresa uma vez que a sua actividade não se resume a isto. De qualquer forma é este o tipo de raciocínio a aplicar na análise de uma empresa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Capital Expenditure

Quando usamos o DCF para avaliar uma empresa como o WMT (Wal-Mart), o CapEx normalmente é igual ou superior ao dinheiro das operações, dando um valor dos "Owner Earnings" errado, como resolver o problema?

De facto, calculando os “Owner Earnings” ou mesmo o “Free Cash Flow” em empresas de retalho (por exemplo), o CapEx é bastante elevado devido ao dinheiro investido no crescimento do negocio (compras de lojas, construção de lojas, etc).

A solução é separar o dinheiro necessário para manter as operações e no crescimento das operações e usar como CapEx, apenas o dinheiro usado para manter as operações.

Como distinguir?

Esta é a pergunta chave, como saber qual a parte de dinheiro usada para manter e usada para crescer?

Ás vezes, a empresa informa no seu relatório anual o dinheiro usado para ambas, mas muitas delas normalmente não dizem.

Poderíamos concluir que se não há a informação que necessitamos, então passamos para a próxima empresa e esquecemos esta, ou podemos olhar para o CapEx dos últimos 10 anos e ver se é consistente, no caso de ser, provavelmente é dinheiro usado para manter as operações, ou então se o CapEx sobe repentinamente pode significar que foi usado nesse ano dinheiro para expandir a empresa e o resto é dinheiro de manutenção das operações.

Normalmente quando há duvidas nos cálculos, a solução é esquecer e passar á frente.

Critérios Indispensáveis

Nestes tempos de grande volatilidade é sempre importante nunca esquecer olhar para as finanças da empresa, independentemente de ter descido 10%,20% ou 90%.

Estes critérios devem ser sempre examinados e estudados.

1.Return On Equity (ROE)

Empresas que possuem qualquer tipo de vantagem competitiva possuem um ROE
superior a 12% durante longos períodos de tempo.

É sempre bom investir em empresas que possuam um ROE superior á industria.

2.Return On Capital (ROC)

Certas empresas diminuem o seu capital próprio de modo a aumentar o seu ROE, logo é sempre importante olhar para o ROC.

O que procuramos é empresas com um ROE superior a 12% e um ROC superior a 12%.
Para empresas do sector financeiro que pedem dinheiro a 5% e emprestam a 6%, o seu ROC é obviamente quase nulo, logo em vez de ROC procuramos por ROA (Return On Assets) superiores a 1%, sendo 1.5% ou mais excelente.

3.Crescimento nos lucros por acção (EPS)

Uma empresa que nos últimos 10 anos aumentou anualmente os seus EPS e o seu negócio nada ou pouco se alterou, é quase garantido que nos próximos anos irá continuar a crescer independente do ano corrente ter sido bom ou mau (no caso de ser mau, pode ser uma boa oportunidade de investimento).

O que procuramos é empresas que os seus lucros por acção sejam consistentes nos últimos 10 anos.

4.Divida

O rácio mais usado para saber o endividamento da empresa é o Debt/Equity, convém não ser superior a 1.

Outro “truque” que funciona melhor para saber o endividamento de uma empresa é ver se a divida de longo prazo. pode ser paga em menos de 5 anos apenas com os lucros anuais. Por exemplo, se uma empresa tem uma divida de $5b e tem um lucro de $1.5b anual, pode pagar a divida em menos de 5 anos, é isto que procuramos.

Para o sector financeiro nada disto funciona, pois o negocio é emprestar e pedir dinheiro, logo tem uma grande quantidade de divida.

5.Cash From Operating Activities

Uma empresa pode apresentar lucros usando dinheiro financiado, por isso, é sempre bom confirmar que o dinheiro das operações (Cash from Operating Activies) é positivo e o dinheiro financiado (Cash from Financing Activities) é negativo.

Empresas que constantemente têm dinheiro de operações negativo e dinheiro de financiamento positivo, requerem um pouco mais de pesquisa e conhecimento.

Mais uma vez, isto não afecta o sector financeiro.


Para saber mais sobre os rácios aqui falados, ler a série de três artigos anteriores.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Top 100 Blogs de Finanças

ValueWiki tem uma lista dos melhores 100 blogs de finanças.

Muitos deles são sobre "Value Investing", logo vale a pena dar uma vista de olhos em todos e escolher os que de facto se enquadram no tema.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Institutional Ownership

Alguns dos rácios colocados nos posts anteriores estão já calculados no google finance.
Mas há também um campo no google finance, que aparece por cima dos gráficos de cada empresa, é referenciado com o nome “ inst. own” e está sob a forma de percentagem.

O que significa este campo?
Este campo representa a percentagem de acções da empresa em causa que pertencem a instituições (bancos, estão aplicadas em fundos de investimento..).

Como devemos interpretar o valor?
Quanto maior este valor mais facilmente a acção será manipulada, no caso de alguma das instituições vender os seus activos. Isto acontece porque estas instituições financeiras têm grandes participações de capital nestas empresas.

Quando, por qualquer motivo se toma uma decisão de venda, o número de acções a ser posto à venda é elevado, o que pode fazer com que o preço desça. Há ainda que considerar que a decisão de venda por parte de uma destas instituições provoca nos pequenos investidores um sentimento de pessimismo em relação à empresa.

Tendo em conta estes dois motivos, não será vantajoso adquirir empresas com elevada percentagem das suas acções pertencentes a instituições.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Rácios - Parte 3

Dividend yield: Annual Dividends per Share/ Price per Share; É o rendimento que a empresa distribui aos seus accionistas na forma de dividendos. As empresas cujo negócio é sólido tendem a ter maiores dividendos. Como já referimos várias vezes, uma empresa que paga dividendos regularmente é segura, na medida em que o dinheiro utilizado para este fim vem dos frutos do negócio e não de qualquer empréstimo.

Return On Investment Capital: (Net Income – Dividends)/ Total Capital; É uma medida da performance, e instrumento da projecção financeira da empresa. Não é o lucro que determina se uma acção é ou não atractiva mas qual o lucro que cada unidade de moeda consegue gerar, com o negócio da empresa. E é isto que o ROIC mede, se o capital de uma empresa tem sido bem aplicado.

Return on Assets: Net Income / Total Assets; Indica-nos quão rentável é a empresa relativamente aos recursos que possui. Dá nos uma ideia da qualidade da gerência da empresa pois ajuda-nos a compreender o que a empresa consegue gerar. O valor varia de indústria para indústria pelo que é vantajoso compará-lo com o de empresas do mesmo sector. Quanto maior o valor mais rentável será a empresa.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Rácios - Parte 2

Quick Ratio: (Current Assets - Inventory) / Current Liabilities; É uma medida da liquidez de uma empresa e da capacidade que ela tem para cumprir com as suas obrigações. É um sinal que demonstra se a empresa está financeiramente forte ou debilitada. Quanto maior o valor do rácio maior será a robustez da empresa a nível financeiro.

Price/Earnings Ratio: Market Value per Share / Earnings per Share;
É a medida mais usada para avaliar se um activo está caro e representa o montante que teremos de pagar por cada unidade de moeda de ganhos da empresa. É bastante vantajoso comparar o P/E com o de outras empresas da mesma indústria e com o do mercado em geral. Quanto menor o P/E melhor será a empresa.

Profit Margin: Gross Profit / Total Sales; È útil para a comparação com empresas da mesma indústria. Quanto maior o seu valor mais rentável é a empresa e melhor é o controlo que ela tem sobre os custos, comparativamente com os seus concorrentes.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Rácios - Parte 1

Os rácios conduzem a uma análise quantitativa da informação financeira de uma empresa. São calculados com os valores mais recentes que se conhecem da empresa e são depois comparados com valores de anos anteriores, analisados isoladamente ou comparados com os de outras empresas.

Aqui fica um conjunto dos mais importantes rácios.

Book value - (Total Assets - Intangible Assets - Total Liabilities) / Outstanding Common Shares; É o valor total que cada acção vale teoricamente se a empresa fechasse. Este valor pode indicar-nos se a empresa está sobreavaliada ou não, pois se o preço de venda de uma acção está abaixo do “book value”, então a diferença entre os dois será o ganho real do investimento.

Debt/Equity: Total Liabilities / Shareholders' Equity; É importante focar que se o rácio é superior a 1 a maioria dos recursos é financiada recorrendo à divida. Investir numa empresa com um rácio desta natureza superior a 1 pode ser arriscado, especialmente em épocas em que as taxas de juro sejam crescentes, pois a divida torna-se maior.

Working Capital: Current Assets - Current Liabilities;
O resultado pode ser positivo ou negativo mas uma empresa que tenha um “working capital” positivo será melhor sucedida que uma empresa em que este valor é negativo, pois pode expandir o negócio. Comparando o “working capital” de períodos sucessivos podemos verificar facilmente se este valor é crescente. No caso de não ser, isto pode indicar-nos que algo se passa na empresa.

Current Ratio: Current Assets / Current Liabilities; Representa a capacidade que uma empresa tem para liquidar as suas responsabilidades no curto prazo. Quanto maior o rácio maior é esta capacidade, e para valores inferiores a 1 então a empresa não estará a atravessar o melhor período uma vez que a capacidade para liquidar as suas dívidas é bastante reduzida.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Fórmula de Kelly

A formula de Kelly ajuda nos a saber a percentagem do nosso portfólio que devemos investir num negócio. Esta fórmula assume que o objectivo é o investimento a longo prazo e que o crescimento esperado do negócio é positivo.

Esta fórmula tem dois componentes:
W – representa a probabilidade do trade que fazemos ter um retorno positivo.
R – Representa o total de trades bem sucedidos dividido pelo total de trades mal sucedidos.

Kelly % = W – [(1 – W) / R]

Como usar a fórmula?

Idealmente devemos aceder aos últimos 50 a 60 negócios.

Cálculo do W: dividir o número de trades que tiveram um resultado positivo pelo número total de trades. Quanto mais próximo de 1 for o resultado melhor.

Cálculo de R: Dividir a média dos ganhos dos trades positivos pela média das perdas dos trades com resultado negativos.

A fórmula devolve um valor menor que 1 que representa a percentagem do portfolio que devemos investir neste negócio. No entanto é necessário ter um pouco de bom senso e nunca investir mais de 20% (aproximadamente) num único negócio de forma a não corrermos riscos desnecessários.

Aqui fica uma calculadora que permite calcular a percentagem de Kelly.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Aprender com Warren Buffett

Em Abril, Buffett comprou cerca de 40 milhões de acções da BNI a cerca de $80, passado uns tempos, a acção subiu cerca de 10%, tornando isso um preço demasiado alto para Warren Buffett.

Devido aos problemas recentes, o preço voltou aos $80, dando a Buffett a oportunidade de aumentar a participação na empresa, comprando 1.62 milhões de acções.

O que podemos aprender desta compra?

Quando se sabe o valor de uma empresa, o que queremos é comprar o mais barato possível, por isso, sempre que é feita uma compra com uma boa margem de segurança e o preço baixar ainda mais, não há razão para se preocupar mas sim para ficar contente e aumentar mais a sua participação, se o preço era bom a $10 não é melhor a $8 ou $9?

Carl Icahn & George Soros

O bilionário George Soros comunicou que o seu fundo detem 5.52% da Ultrapetrol (ULTR). (Artigo Completo)

Carl Icahn aumentou o numero de acções da Temple-Inland Inc. (TIN) para 8.7 milhões, de 6.7% para 8.3%. (Artigo Completo)

domingo, 5 de agosto de 2007

O que anda Buffett a comprar?

Essa é a pergunta de um milhão de euros, saber o que anda Warren Buffett a comprar.

Como a lista de compras do ultimo trimeste está a sair, está a ser feito a pergunta aos leitores do gurufocus. Apenas tem de dizer o que Buffett comprou nestes meses, se acertar ganha um livro escolhido entre vários livros de investimento.

Boa sorte.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O que se está a passar nos mercados?

Um excelente artigo escrito pelo famoso guru Jim Cramer explica o que se está a passar nos mercados de crédito nos Estados Unidos.

Defensivo VS Agressivo

Segundo Graham escreveu no livro The Intelligent Investor, há dois tipos de investidores, "Defensive e Enterprising". A diferença entre os dois não é a diferença de risco, mas sim o tempo que se está disposto a dispensar a esta actividade.

Segundo isto, Graham elaborou alguns critérios para ambos os tipos de investidores (lembre-se, não há meio termo, ou se é um tipo, ou outro).

Os critérios do investidor defensivo são como o próprio nome diz, mais defensivos, os do investidor agressivo são menos conservadores mas requer bastante mais trabalho.

Neste link tem explicado todos os critérios usados por Graham e informações sobre a fórmula de Graham.

Ao inserir o nome da empresa, para além de ser calculado o valor da empresa segundo a fórmula de Graham, também tem filtros para os respectivos tipos de investidores.

Com este site é bastante simples saber se é uma boa compra para o investidor defensivo ou agressivo.

Lembre-se, a diferença entre um investidor defensivo e agressivo não é o risco que correm, mas sim o tempo que é dependido. Para um investidor defensivo, comprar um pote de acções apenas de acordo com os critérios, "garante" uma rentabilidade (segundo Graham) superior ao indice, para os investidores agressivos os critérios devem ser só um ponto de partida.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Diversificar

Diversificar, surge para alguns de nós associado à ideia de termos um portfólio extenso, com um elevado número de activos. Mas muitas vezes isto pode não ser vantajoso pois os ganhos provenientes de alguns activos serão consumidos pelas perdas de outros.

Investir nas principais empresas de cada sector pode ser uma boa estratégia. Se a empresa for forte o suficiente a probabilidade do investimento ser bem sucedido é muito maior.

Perceber o negócio e saber se a empresa tem realmente capacidade de ultrapassar os problemas é também importante. Não basta a empresa ser líder de mercado ou ser conhecida. É preciso estudar se a empresa é dinâmica e tem potencial de crescimento, pois se uma empresa não se adapta às mudanças no mercado, rapidamente pode regredir e deixar de estar no topo do mercado.

Procurar o melhor preço é também um factor importante. Fazer bons negócios a bom preço, o ideal. Mesmo que uma empresa tenha um potencial de crescimento anual elevado, devemos sempre procurar o melhor preço de forma a aumentarmos também os lucros.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Volatilidade e a Situação Actual dos Mercados

Volatilidade define-se como sendo o grau médio de variação das cotações de um título em determinado período. É a medida de risco mais conhecida, mais utilizada e há vários indicadores que nos permitem adequá-la aos diferentes gráficos.

Nas últimas sessões de bolsa, se analisarmos um destes indicadores, rapidamente concluímos que os mercados estão bastante voláteis. Um bom exemplo disto são as oscilações que se estão a verificar hoje nos principais índices norte-americanos.

É portanto necessário tomar percauções contra este factor. E a melhor maneira de o fazermos é, sem dúvida, alargar o horizonte temporal dos nossos investimentos, fazendo negócios de longo prazo e evitando os de curto prazo que, neste momento, não têm solidez pois não há uma tendência definida.

O que devemos fazer quando tudo desce

Em dias como hoje, em que tudo desce, muitas vezes o pânico instala-se e a tendência por vezes é a de fazer coisas das quais mais tarde nos podemos vir a arrepender. Há um conjunto de coisas que não devemos fazer (mesmo que o pânico fale mais alto).

Continuar a fazer o que costumamos fazer normalmente é crucial. Analisar o comportamento das acções em que estamos interessados, comprar algumas se atingirem o preço que consideramos ideal para a margem de segurança que praticamos, mas acima de tudo nunca investir mais dinheiro que aquele que podemos perder (há sempre que ter presente que ao praticar investimentos desta natureza corremos riscos).

Estes dias são muitas vezes aproveitados por aqueles que melhor controlam as emoções (digamos assim), que utilizam estes dias para comprar a bom preço o que vendemos a qualquer preço.

Portanto se não conseguimos controlar as nossas emoções e ver os nossos portfolios descer 1 ou 2% num curto espaço de tempo o melhor será aproveitar estes dias para fazer outras coisas.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Oportunidade de arbitragem

Arbitragem é uma técnica antiga usada por grandes investidores, entre eles Warren Buffett.

Consiste em comprar algo por $5 e ter um comprador que oferaça $10, o risco torna-se muito pequeno mas não nulo.

A Peltz's Trian Fund (que já tem cerca de 10%) revelou publicamente que está preparada para oferecer entre $37-$41 aos accionistas da Wendy's International (Public, NYSE:WEN), que fechou a cerca de $35.

Se se comprar a $35 e vender a $41, tem um retorno de 17% quase garantido, se depois da oferta publica a cotação chegar a $41, tem-se retorno anual (imaginando que demora 1 semana a atingir esse valor) de 884%, onde se conseguem retornos destes?

Noticias relacionadas:
Reuters
CNN
MarketWatch

John Rogers destaca MHK e JNJ

John Rogers, o famoso gestor do Ariel Funds que tem ganho 14% por ano na ultima década destacou Mohawk Industries (MHK) e Johnson & Johnson (JNJ) como "undervalued".

É de lembrar que Warren Buffett gastou mais de $1 bilião na compra da JNJ a um preço médio de $63.9 (cotação actual é de $61).

Nos próximos dias vai ser feita uma avaliação a uma destas empresas, para a semana será avaliada a outra.

O nosso objectivo é fazer uma avaliação por semana de modo a alertar os investidores Portugueses da "facilidade" e vantagens no investimento em empresas do mercado Norte-Americano.

Artigo completo da gurufocus

A sua Margem de Segurança?

Qual a margem de segurança a usar? Essa é a pergunta que todos os investidores fazem e ainda não se conseguiu chegar a um consenso.

Os utilizadores do blog Fat Pitch Financials votaram e as conclusões foram que maior parte dos leitores usam entre 25%-32%, aqui no Ideias de bolsa! nunca usamos menos de 25%.

Votos

Artigos para ler

Ficam aqui alguns links seguidos de uma breve explicação de vários artigos bastante importantes.

All Intelligent Investing Is Value Investing
Este artigo explica algumas razões porque é que se deve investir por valor, um método que é usado pelos maiores investidores do mundo.

A Buffett Disciple Shares His Secrets
Entrevista a Mohnish Pabrai, seguidor do método usado por Warren Buffett.

10 Questions to Mohnish Pabrai – Additional Answers
Mais 10 perguntas respondidas por Mohnish Pabrai.

50 Checkpoints of Warren Buffett's Carreer
50 feitos/datas importantes de Warren Buffett.

Foot Locker
Uma avaliação á empresa Foot Locker que recentemente teve uma grande descida.

Bad Times Ahead?
Opinião de David Dreman, um dos maiores investidores do nosso tempo.

Com a leitura destes artigos com certeza aumentará o seu controlo emocional, conhecimento de investimentos entre outras coisas.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sector financeiro - Grande retorno

No curto prazo, as acções dos bancos podem mover-se para baixo, mas a longo prazo, comprar acções estas acções é uma "obrigação", principalmente com os grandes "dividend yields" que têm.

É quase como colocar o dinheiro num depósito a prazo, enquanto o preço das acções não sobe, vai-se recebendo o apetecível dinheiro do dividendo.

Quem não quer ganhar quase 6% (antes de impostos) com pouco risco?

Symbol Name Trade 52-wk Range Yield
BAC BK OF AMERICA CP 47.41 46.90 - 55.08 5.40%
C CITIGROUP INC 46.97 46.50 - 57.00 4.50%
JPM JP MORGAN CHASE CO 44.23 43.50 - 53.25 3.40%
USB US BANCORP 29.99 29.94 - 36.85 5.30%
WB WACHOVIA CP 47.63 47.20 - 58.80 4.70%
WFC WELLS FARGO & CO 33.56 33.01 - 36.99 3.70%
WM WASHINGTON MUTUAL 38.65 38.12 - 46.38 5.80%

Top " subprime and prime lenders"

È de conhecimento geral os problemas que há no crédito mal parado nos USA.

Á medida que a "crise" vai aumentando também o preço dessas empresas é afectado.

Deixo aqui uma lista das maiores empresas desse sector, se a "crise" rebentar serão as mais afectadas.

Top Subprime Lenders – 2006 Q4
1. HSBC Finance
2. New Century
3. Countrywide
4. WMX Mortgage Corp.
5. First Franklin Financial
6. Wells Fargo
7. Option One Mortgage Corp.
8. Fremont Investment & Loan
9. Washington Mutual
10. CitiFinancial

Top Prime Lenders – 2006 Q4
1. Countrywide
2. Wells Fargo
3. CitiMortgage
4. Bank of America
5. Chase Home Finance
6. Washington Mutual
7. IndyMac Bancorp
8. Wachovia
9. GMAC-RFC
10. GMAC-Residential


Artigo Completo

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Bolsas no vermelho, qual a razão?

Ao longo dos últimos dias temos vindo a assistir a uma descida das cotações nas praças mundiais. Há vários motivos que explicam estes acontecimentos mas ninguém sabe para onde estamos a ser conduzidos.

Ontem foi um dia negro a nível mundial. As bolsas asiáticas registaram a maior queda dos últimos 4 meses, a zona euro seguiu a tendência negativa e a descida dos índices dos Estados Unidos vieram confirmar que algo se está a passar.

Começando pelos Estados Unidos, a notícia de que no último mês a venda de novas casas atingiu o valor mais baixo desde o início do ano, originou medo de uma recessão no mercado imobiliário deste país.

Mas ainda há mais factores a considerar: a subida das taxas de juro, a subida do preço do petróleo e o resultado de algumas empresas abaixo do esperado, tudo contribuiu para este "afundar" das principais praças norte-americanas.

Virando-nos um pouco mais para Portugal, nos últimos anos o incentivo ao crédito, não só para fins de investimento por parte de empresas mas também por parte de particulares para consumo próprio, remetem para uma possível bolha de investimento. Isto porque o dinheiro fácil origina valorização desmedida de activos e outros produtos, nomeadamente bens de consumo, que deveriam ser comercializados a preços mais acessíveis.

Como temos vindo a confirmar os bancos são os mais penalizados com esta situação. Surge o medo que as dívidas não sejam pagas.

Estes são os principais factores responsáveis pelas descidas acentuadas que se têm sentido nos últimos dias. Não podemos prever o que irá acontecer, poderá ser apenas uma correcção ou a crise sentida maioritariamente no outro lado do Atlântico, poderá agravar-se e tomar proporções que terão impacto a nível mundial.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Boas férias!

Primeiro que tudo pedimos desculpa pela "ausência" que se tem verificado nestes dias. Acontece que alguns membros da equipa estão em férias e portanto não temos tido a possibilidade de manter o blog activo da mesma forma que em alturas anteriores.

Gostaria ainda de referir que os leitores que ainda não obtiveram resposta a algum comentário ou e-mail verão as suas dúvidas esclarecidas brevemente, pela pessoa mais indicada.

Votos de boas férias a todos! :)

O dinheiro cresce nas árvores?

O melhor investimento é aquele que se comporta como uma árvore saudável:
Tem um tronco forte, Cresce ao longo da vida e renova-se regularmente.

O forte tronco
As empresas que pagam dividendos regularmente têm de estar entre as mais fortes, pois para ser capaz de fazer este pagamento a empresa tem de ter o “dinheiro na mão”. Não é apenas uma questão de ter lucros suficientes para pagar os dividendos, é ter dinheiro suficiente para distribuir pelos accionistas mesmo depois de pagar todas as obrigações que advêm do funcionamento da empresa.

O crescimento saudável
O crescimento saudável de uma empresa não pára assim que esta decide pagar um dividendo. Embora isto pareça contraditório as empresas que pagam dividendos têm mais possibilidades de ver o seu negócio crescer do que as que não pagam dividendos. Isto acontece porque a decisão de aplicar algum do dinheiro disponível em dividendos obriga a empresa a efectuar escolhas e aprovar projectos com maior reflexão. Assim os projectos destas empresas são melhor pensados e portanto a probabilidade de serem bem sucedidos é maior.

Dividendos: o recurso da renovação
A melhor parte de todas é que quando uma empresa inicia o pagamento de um dividendo regular ela irá fazer por manter esse pagamento. E esse pagamento extra será para cada investidor uma oportunidade de pensar um novo negócio e aumentar os seus lucros.
O dinheiro pode não crescer realmente em árvores mas investindo nas empresas certas podemos criar uma máquina de fazer dinheiro forte, em crescimento e em constante renovação.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Grandes investidores

Os grandes investidores são um modelo para todos aqueles que investem. Muitos de nós aprendemos sobre eles e seguimos os seus investimentos a fim de aprendermos com eles.

Mohnish Pabrai faz com que investir apreça fácil demais e encontra oportunidades onde outros vêm apenas a incerteza.
No seu mais recente livro, The Dhandho Investor podemos encontrar detalhes acerca da sua estratégia de pequenos riscos e grande incerteza. Ele procura empresas com grandes dificuldades mas com a capacidade de as vencer e por isso tem grandes lucros provenientes da recuperação desse estado por parte das empresas.

Edie Lampert
passa grande parte do seu tempo a efectuar “reverse-engeneering” aos investimentos de Warren Buffet, esperando aprender indirectamente com o melhor
investidor de todos os tempos.

A sua máxima relaciona-se com a boa gestão dos recursos que possui. Os investidores devem saber como gerir os recursos que têm para investir. Tornar o capital o mais produtivo possível ajuda-nos a tornarmo-nos bons líderes.

Joel Greenblatt
nos seus livros You Can Be a Stock Market Genius e The Little Book That Beats the Market, ensina os investidores que investem em empresas com grandes retornos e elevados “earning yields” estão a percorrer um caminho para obter elevados ganhos. Basicamente, para ele, este é o início para o sucesso, apesar de ser necessário saber um pouco sobre o negócio em que investimos.

Charlie Munger é o parceiro intelectual de Warren Buffett. Escreveu um livro chamado Poor Charlie's Almanack que fala de modelos mentais e modos de pensar. Adverte os leitores para o facto de ninguém nos poder ensinar como podemos pensar melhor.

Podemos ler muitos livros que nos digam como andar de bicicleta mas nada se pode comparar à experiência que adquirimos depois de o experimentar. O mesmo se passa com os investimentos, apenas investindo podemos aprender com os erros que cometemos.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

10 Perguntas a Mohnish Pabrai

Foram escolhidas 10 perguntas de investidores comuns para fazer a um dos grandes investidores do nosso tempo, as respostas dele estão neste artigo da gurufocus.

Vale a pena ler, aprende-se sempre qualquer coisa a ler o que os gurus têm a dizer.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Devemos usar stop-loss?

Não devemos investir mais do que podemos perder. Todos sabemos que os mercados comportam um certo risco que nos pode trazer graves consequências. Nem as ordens “stop-loss”, que automaticamente vendem o activo quando ele atinge determinada cotação, nos salvam de algumas perdas.

Mas a realidade é que, no longo prazo, os stop losses nos limitam também os ganhos. Para uma empresa que desça abaixo de um certo valor é comum pensarmos “se a vender agora estarei a limitar as minhas perdas e, de qualquer maneira, poderei comprá-la mais tarde a um melhor preço”. Mas quando saberemos que está na altura certa de entrar no negócio e que a tendência vai inverter? E para além disto os negócios custam dinheiro. Quem ganha com este tipo de estratégia são os bancos e as corretoras.

Por tudo isto, o melhor mesmo que temos a fazer é investir em boas empresas. Apostar numa empresa com boas perspectivas no longo prazo, é reduzir a volatilidade (que deve ser minimizada se não queremos arriscar perder dinheiro). Mesmo para estas empresas é inevitável que tenham os seus baixos. Aí não devemos vender nada, mas antes aproveitar para reforçar a posição.

Num dia em que os mercados estão no vermelho é importante ter isto em conta. Se realmente os nossos negócios foram ponderados e a empresa tem tudo para crescer, então devemos encarar estes dias pacificamente, sem entrarmos em pânico nem vendermos desesperadamente o nosso investimento.

Info diária! - Análise Técnica


segunda-feira, 9 de julho de 2007

3 sinais de venda

Pedimos desculpa mas hoje não nos foi possível colocar a grelha diária, amanhã voltaremos a colocá-la.

Quando encontramos uma boa empresa, com favoráveis perspectivas de futuro e gestores de topo, pensamos que a altura ideal para a vendermos é “nunca”. Mas as coisas mudam mesmo com as grandes empresas, e por isto, devemos estar constantemente a avaliar os nossos investimentos e estar atentos a sinais importantes.

Deixamos aqui três razões que justificam a venda de um activo.

Gerência egoísta

É o pior desenvolvimento que podemos esperar de uma empresa, quando a equipa de gestão apenas se preocupa em “encher os bolsos”, em vez de gerar valor com o negócio e expandi-lo. É crucial manter o olho aberto para situações de, por exemplo, perda de cota de mercado.

Desvantagens competitivas

As vantagens competitivas ligam os negócios a retornos elevados. Muitas vezes resultam de um forte conhecimento da marca (há produtos pelos quais os consumidores estão dispostos a pagar mais pois conhecem a garantia da marca – e.g. coca cola). Mas se a empresa enfrentar uma crise de diminuição do poder de compra por parte dos consumidores, uma diminuição da cota de mercado, então estamos perante uma situação de desvantagem competitiva.

Modelo financeiro instável

Pensando positivamente, uma empresa que tem margens de crescimento estáveis, vendas firmemente crescentes, um balanço que revele resultados positivos, controlo sobre o capital de funcionamento e dinheiro que entra constantemente nos cofres da empresa vindo das operações de funcionamento, são boas perspectivas para a empresa. Quando a empresa se encontra no oposto de duas destas situações então é um sinal que indica que algo de errado se passa.

Realmente é extremamente importante saber quando sair de um negócio, é tão ou mais importante que saber como entrar nele. Uma empresa pode a qualquer momento cair numa situação que a torna vulnerável, mesmo depois de um período de crescimento. É por isso muito importante avaliar constantemente os nossos investimentos a fim de tirarmos deles o melhor proveito.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O que faz o mercado mover-se?

A lei da oferta e da procura determina o preço de uma acção. Se a procura é pouca e a oferta é muita, então o preço desce e vice-versa. Um bom exemplo deste facto são as OPV’s em que no primeiro dia de mercado as empresas têm tendência a subir acima do seu valor real devido à procura elevada.

Neste post vamos falar de duas condicionantes do comportamento dos mercados: as notícias das empresas e as fusões/aquisições.

Quando uma empresa anuncia que está a lançar um novo produto ou a investir num novo serviço, os investidores e a cotação da acção da empresa sofrem com esse anúncio. A variação da cotação pode não ser positiva, há outros factores a considerar numa situação destas (se a performance da empresa ao longo dos anos é exemplar, por exemplo).

Há também que considerar as notícias lançadas por outras entidades relativamente à empresa em causa, tal como os price-targets. Estes muitas vezes permitem controlar o movimento dos preços.

Também as fusões e aquisições determinam o comportamento dos mercados. Quando uma empresa adquire outra, a tendência é para que, a que é adquirida se torne mais forte. As fusões e aquisições são normalmente uma forma das empresas entrarem em novos mercados ou manterem-se líderes do sector em que se inserem.

No que diz respeito às OPV as variações de preço iniciais são controladas pela lei da oferta e da procura e também pelas constantes notícias e pela expectativa que se cria à volta da empresa. Há que sermos realistas e termos atenção a estes momentos. As fusões e aquisições normalmente são um bom presságio para a empresa que tende a tornar-se mais forte.

Info diária! - Análise Técnica


terça-feira, 3 de julho de 2007

Princípios de Investimento

1 . Desenvolver conhecimentos acerca dos conceitos e linguagem de investimento

Começar por ler um livro que ensine o básico sobre finanças é um bom início (tal como “The Interpretation of Financial Statements” de Benjamin Graham).
Perceber quatro dos conceitos essenciais associados ao tema: Capitalização, valor presente/futuro, inflação, diferença entre o preço e o valor que afectam os vossos investimentos.
Devemos ainda certificar nos de que as receitas da empresa são crescentes ao longo do tempo.

2. Investir em companhias de alta qualidade abaixo do seu valor intrínseco

Procurar companhias abaixo do seu valor intrínseco com equipas de gestão de topo, capazes de continuar a expansão do negócio e garantir que a empresa em causa tem vantagens competitivas sustentáveis.

3. Gestão do portfólio

10 a 12 acções será um número adequado, portfólios com uma diversificação elevada terão um comportamento parecido com o mercado em geral. Fazer compras grandes, concentradas, mas apenas quando a oportunidade se apresenta. Isto ajudará também a minimizar as comissões pagas.

4. Perceber a Psicologia do Investimento

Compreender como é que o mercado e a volatilidade das acções afectam as decisões de investimento é importante. A paciência é um requisito indispensável quando se investe. Seguir as nossas convicções e não esquecer a regra do 72.

5. Desenvolver modelos mentais

Desenvolver um leque de “modelos mentais” das várias disciplinas para melhor compreender o processo de investimento. Ao fazer uma decisão de investimento combinar múltiplos modelos.

Estes são a nosso ver as "regras" mais importantes que um investidor nunca deveria esquecer.

Deve ter sempre esta lista á mão para os ir recordando. Infelizmente, muitos investidores esqueçem-se ou simplesmente não ligam a estes princípios e mais tarde ou mais cedo têm grandes desilusões (não quero com isto dizer que seguindo isto terá sucesso a vida toda, mas certamente a probabilidade de ter sucesso é bem mais elevada).

Info diária! - Análise Técnica


segunda-feira, 2 de julho de 2007

4 erros comuns de investimento

Investimentos demasiado conservativos ou com risco demasiado elevado

Antes de investir devemos colocar 3 questões a nós próprios.

- Para que estou a investir?
- Quanto tempo tenho antes de precisar do dinheiro?
- Quanto posso investir?

Com base na resposta a estas perguntas devemos estipular o risco que queremos correr e que se adequa aos nosso objectivos e o montante a investir. Acontece que muitas vezes as nossas decisões não estão de acordo com o que pretendemos alcançar: corremos riscos desnecessários algumas vezes e outras não nos dispomos a correr riscos e então os nossos objectivos não são alcançados.

Perder o interesse no investimento

A maioria das pessoas, com o passar do tempo perde o interesse nos investimentos. Quando uma pessoa começa a investir é frequente pensar “vou investir x todos os meses”, mas com o passar do tempo acabam por decidir gastar esse dinheiro extra em qualquer coisa fútil. Este é um erro a evitar. Pequenas quantias podem custar centenas ou milhares de euros no longo prazo.

Investir naquilo que não conhecemos

Já todos ouvimos a frase “investe no que conheces”, mas muita gente continua a investir em empresas sobre as quais sabe muito pouco ou quase nada. Isto pode sair-lhes caro pois a empresa pode ter qualquer problema que as pessoas não vão saber, e o investimento resulta em prejuízo.
Não podemos esperar saber tudo acerca de uma empresa mas se pudermos investir no que conhecemos melhor então só nos trará vantagens.
Porque não pegar num papel e numa caneta e escrever o nome dalgumas empresas que conhecemos e depois analisarmos o investimento?

Não nos educarmos a nós próprios

Este é provavelmente o erro mais grave de todos. Muitas pessoas querem investir mas não sabem o suficiente para fazê-lo, e em vez de perderem tempo a aprender o que podem decidem tentar investir por sua conta e risco.

É extremamente importante ter uma boa percepção de como investir funciona, antes de começar. É importante adquirir experiência mas mais importante que isso é conhecer o básico antes de decidir fazê-lo.

Info diária! - Análise Técnica

domingo, 1 de julho de 2007

Lear (NYSE:LEA), subavaliada?

"Lear Corporation (Lear) is a worldwide supplier of automotive interior systems based on net sales. It supplies automotive manufacturers with complete automotive seat systems, electrical distribution systems and various electronic products. Lear also supplies automotive interior components and systems, including instrument panels and cockpit systems, headliners and overhead systems, door panels and flooring and acoustic systems. It conducts business in three product operating segments: seating, interior, and electronic and electrical. The seating segment includes seat systems and the components thereof. The interior segment includes instrument panels and cockpit systems, headliners and overhead systems, door panels, flooring and acoustic systems and other interior products. The electronic and electrical segment includes electronic products and electrical distribution systems, primarily wire harnesses and junction boxes; interior control and entertainment systems, and wireless systems."

Vale a pena ler este artigo sobre algumas razões pela qual a Lear é uma boa compra.

Artigo

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Newsletter Semanal

O Ideias de Bolsa! Está a lançar uma newsletter semanal que será enviada por mail para quem estiver interessado.

Esta terá notícias e outras informações bastante úteis que não são divulgadas no blog, pelo que será interessante para todos o acesso a esta informação.

Para tal basta registarem-se no campo que se encontra do lado direito, o registo é muito simples, consiste apenas em inserir o e-mail e confirmar a subscrição.

Curso Grátis de Análise Técnica

Para entender os termos usados na tabela colocada todos os dias no blog, é preciso saber o básico de Análise Técnica.

Há muitos livros e cursos que se podem usar para aprender, mas este site contem vários cursos de AT, de entre os quais 3 são grátis.

Após os 80 minutos de cursos grátis, ficará apto para conseguir entender bastantes informações sobre o tema.

Info diária! - Análise Técnica


quinta-feira, 28 de junho de 2007

Oitava maravilha do Mundo

“The most powerful force in the universe is compound interest”. Albert Einstein

Sabia que 500 euros depositados todos os anos com um retorno de 25% durante 27 anos = mais de 1 milhão de euros?

É isso mesmo, embora pareça óbvio, maior parte dos investidores não dá conta de quão importante "Compound Interst" é.

A regra do 72

De modo a facilitar as contas de capitalização na sua cabeça, existe uma regra que é chamada "The rule of 72".
A regra do 72 simplesmente diz quanto tempo demora o dinheiro a duplicar a uma determinada taxa de retorno.

Como funciona?

Simples, digamos que tem um investimento que dá 8% anualmente, se dividir 72/8 = 9, ou seja, demora 9 anos a duplicar o dinheiro inicial a uma taxa de 8%.

A título de curiosidade, fica aqui uma lista dos retornos dos principais investidores do nosso tempo.

* 29% for 37 yrs. - George Soros
* 21% for 40 yrs. - Warren Buffett
* 29% for 18 yrs. - Eddie Lampert
* 29% for 18 yrs. - Peter Lynch
* 24% for 13 yrs. - Jim Cramer
* 15% for 20 yrs. - Benjamin Graham

Bibliografia

Para todos os interessados na bolsa (mesmo aqueles que não concordam em investir a longo prazo), fica aqui uma lista de livros interessantes que devem ser lidos por qualquer investidor.

Benjamin Graham


The Intelligent Investor
Security Analysis
The Interpretation of Financial Statements

Philip A. Fisher


Common Stocks and Uncommon Profits and Other Writings

Mary Buffett and David Clark


Buffettology
The New Buffettology

David Dreman


Contrarian Investment Strategies in the Next Generation

Lawrence A. Cunningham

The Essays of Warren Buffett : Lessons for Corporate America
How to Think Like Benjamin Graham and Invest Like Warren Buffett

Robert G. Hagstrom

The Warren Buffett Way

John Burr William


The Theory of Investment Value

Peter Lynch


Beating the Street
One up on Wall Street: How to Use What You Already Know To Make Money in the Market

Outros


The Little Book of Value Investing
The Little Book That Beats the Market
The Little Book of Common Sense Investing

Info diária! - Análise Técnica


quarta-feira, 27 de junho de 2007

Entrevista a Warren Buffett


Á uns dias atrás, Brian Sullivan do Bloomberg fez uma pequena entrevista de 12 minutos a Warren Buffett. Na entrevista, Warren fala do seu leilão no Ebay para um almoço, na sua relação com Glide Foundation e nos seus planos para doar as acções á caridade.

O vídeo pode ser encontrado no lado direito desta página.

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segunda-feira, 25 de junho de 2007

Info diária! - Análise Técnica




Aqui fica o quadro diário com informação técnica. Agora também com informação da maioria das empresas do psi geral. Os alertas são meramente indicativos e correspondem à cotação indicada.

Discuta este artigo no forum Gab.Informe.

domingo, 24 de junho de 2007

REN, quanto vale?

Este artigo simplesmente pretende ajudar os investidores a decidir se a REN é uma boa compra ou não.

O preço usado foi o de 2.35-2.75.

Dados 2005:

EPS : 0.207
PER : 11.3 - 13.3
BookValue : 1.73
P/BookValue : 1.36 - 1.59
Debt/Equity : 2.2
ROE : 11.97%

Dados 2006:

EPS : 1.03
PER : 2.28 - 2.66
BookValue : 1.93
P/BookValue : 1.22 - 1.42
Debt/Equity : 2.8
ROE : 4.89%

Os lucros de 2006 foram muito superiores aos de 2005, o que pode levar pensar que vai continuar a crescer desta maneira. Mas não, para este ano os lucros previstos já são mais parecidos com os apresentados em 2005 (ou assim se espera).

Com isto não queremos dizer que a REN não vai continuar a crescer, vai e provavelmente vai crescer muito, pois o sector em que se encontra assim o permite.

Analisando os rácios concluímos que em 2006 a este preço a empresa estaria baratíssima e que em 2005 (valores mais parecidos com os de 2007) estaria a um preço bastante atractivo. O "price to book value" está bastante perto de 1, o que significa que a empresa está avaliada praticamente ao preço do seu valor contabilístico apenas.
O único senão é a quantidade de divida da empresa, mas lendo a entrevista ao CEO vemos que a REN vai fazer a reestruturação da divida logo após o fim da IPO o que provavelmente vai reduzir a divida. De qualquer maneira a previsão dos cash-flow permite suportar bem uma divida deste tamanho.

Análise do valor intrínseco da empresa:

Vamos analisar o VI da REN usando o modelo de Graham. Usámos também a projecção do EPS a partir de 2005 para tornar a análise mais real.

(Crescimento de 10%)
P = 0.227 * (8.6 + 2*10)) * (4.4/6) = 6.51 * 0.73 = 4.74€

(Crescimento de 15%)
P = 0.238 * (8.6 + 2*15)) * (4.4/6) = 9.19 * 0.73 = 6.70€

Estes resultados mostram tudo, a margem de segurança é bastante elevada usando uma taxa de crescimento de 10% e 15%, a REN poderá ter um crescimento maior ou menor do que o previsto, mas visto o sector a que pertence, a gestão que tem e os planos que tem para o futuro, a tendência é para aumentar.

Esta análise é meramente informativa, o Ideias de Bolsa! vai participar na IPO.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

[OFF-TOPIC] Ganhar dinheiro online

Todos que investem na bolsa é com o objectivo de ganhar dinheiro, isso é mais que óbvio.

Ao navegar na net, encontrei dois sites que pagam por visitar outros sites(pagam mesmo,não é uma brincadeira).

O que é preciso fazer é ter uma conta paypal, registar-se e ganhar $0.01 por cada click que der nas páginas que o site publica. É muito simples, e ao arranjar amigos para lá, ganha também por cada click que o amigo der.

Vale a pena registar-se nos dois, é simples e pode dar uma boa ajuda no final do mês. Quantos mais amigos encaminhar, mais ganha.

Deixo aqui os dois links:

AdBux
Bux.to

Compras de acções próprias

Compra de acções é bom para uma empresa?

Vejam assim, se uma empresa tiver $1 milhão de lucros e $1 milhão de acções, então os EPS é de $1. Se a empresa comprar 250 mil acções próprias ficando apenas com 750 mil, o seu novo EPS será de $1.33, um aumentou de 33%.

Fica aqui a lista das ultimas empresas a anunciar compra de acções. A noticia da compra é sempre bem vista no mercado, incrementando o seu preço.

Home Depot (NYSE: HD) 6/19/2007 $22.5 billion
Symantec (Nasdaq: SYMC) 6/14/2007 $2 billion
Logitech International (Nasdaq: LOGI) 6/19/2007 $250 million
Staples (Nasdaq: SPLS) 6/14/2007 $1.5 billion
Expedia (Nasdaq: EXPE) 6/19/2007 $3.5 billion

Info diária! - Análise Técnica

quinta-feira, 21 de junho de 2007

3 palavras: MARGEM DE SEGURANÇA!

Pedimos desculpa pelo facto desta semana não termos feito muitos artigos, temos estado bastante ocupados com novos projectos.

Margem de segurança é um conceito que um investidor NUNCA pode esquecer.

Como errar é humano e na avaliação de empresas até mesmo os analistas cometem erros em mais de 50% das vezes, é obrigatório ter uma margem de segurança.

O primeiro passo na procura por um bom investimento é reconhecer uma boa empresa, saber a qualidade dos seus directores e só depois de tudo isso confirmado é que se deve pensar no seu valor.

Para calcular o valor da empresa podem usar-se diferentes métodos(DCF é o mais aconselhado).

Depois de se saber o valor real da empresa deve comparar-se com o preço. Se este for superior ao valor então a margem de segurança é negativa (não é o que queremos). Cabe a cada investidor saber o risco que está disposto a correr e a certeza que tem nas suas projecções, mas nós optamos por uma margem nunca inferior a 20% (como Warren Buffett diz, basta fazer poucos negócios para enriquecer, têm é que ser bons).

A recomendação que fica para todos os investidores é nunca esquecer estas 3 palavras, só com elas é possível fazer investimentos a longo prazo e dormir sem preocupações.

Info diária! - Análise Técnica


Pedimos desculpa mas a data na imagem ficou trocada.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

Sugestões Europa

Pretendemos criar um quadro de análise técnica (semelhante ao que colocamos todos os dias para o psi 20 e que a partir da próxima semana irá ter todas as cotadas do psi)para algumas empresas europeias. Como o nosso objectivo é ir ao encontro do que os leitores mais procuram, gostaríamos que enviassem mail para blogbolsa@gmail.com com sugestões de empresas. Cada pessoa pode pedir as que quiser, no final serão escolhidas cerca de 15 (das mais referidas) e será publicada a análise diariamente, já a partir da próxima segunda feira. As sugestões podem ser enviadas a qualquer momento pois iremos alterar as empresas analisadas mensalmente.

Info diária! - Análise Técnica



Pedimos desculpa mas não nos foi possível colocar a informação mais cedo. As cotações que constam na folha são as últimas disponíveis a esta hora e os alertas indicados correspondem a essas mesmas cotações.

A chave do sucesso - ROIC

Muitos investidores defendem que a melhor maneira de avaliar uma empresa é usando o ROIC - Return On Invested Capital, nós, no Ideias de Bolsa!, temos sempre o ROIC em consideração. O ROIC comparado entre empresas diz-nos se o capital tem sido bem aplicado nas operações, ou seja, se o capital investido na principal fonte da empresa tem um bom retorno, quanto maior melhor.

Aconselho a todos lerem este artigo,é um bocado extenso mas vale a pena ler do início ao fim.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Info diária! - Análise Técnica



Aqui ficam algumas informações técnicas que passarão a ser colocadas diariamente. Note-se que os alertas são meramente indicativos e são feitos com base na informação que consta na tabela. A cotação não é a da abertura mas sim a última disponível para que os alertas possam estar o mais actualizados possível.

domingo, 17 de junho de 2007

Top 5 "Insiders"

Como Peter Lynch disse uma vez, "Há muitas razões para os "insiders" venderem acções, mas apenas uma razão para eles comprarem, eles pensam que a acção vai para cima".

Aqui vai o Top5 de compras por "insiders" desta semana:

1- Celgene (CELG)= $5,582,000

2- Kapstone Paper (KPPC)= $4,022,000

3- Chesapeake Energy (CHK)= $3,605,000

4- Cardica (CRDC)= $2,530,000

5- General Growth Properties (GGP)= $1,925,000

Top & Bottom 5 Sectores 2007

Passado 6 meses, quais os sectores que subiram mais e os que desceram?

Top 5

1- Chemicals / Fertilizers = 84% (13 títulos)

2- Trucks and Parts /Heavy = 48% (13 títulos)

3- Steel Producers = 30% (22 títulos)

4- Heavy construction= 36% (26 títulos)

5- Oil & Gas Machinery = 36% (31 títulos)

Bottom 5 (#5 é o pior)

1- Banks/Southeast = -8% (171 títulos)

2- Retail/Home furnishings = -4.6% (20 títulos)

3- Banks/Northeast= -9.4% (128 títulos)

4- Banks/Midwest= -10.2% (76 títulos)

5- Computer-Data Storage= -16% (20 títulos)