sexta-feira, 27 de julho de 2007

Bolsas no vermelho, qual a razão?

Ao longo dos últimos dias temos vindo a assistir a uma descida das cotações nas praças mundiais. Há vários motivos que explicam estes acontecimentos mas ninguém sabe para onde estamos a ser conduzidos.

Ontem foi um dia negro a nível mundial. As bolsas asiáticas registaram a maior queda dos últimos 4 meses, a zona euro seguiu a tendência negativa e a descida dos índices dos Estados Unidos vieram confirmar que algo se está a passar.

Começando pelos Estados Unidos, a notícia de que no último mês a venda de novas casas atingiu o valor mais baixo desde o início do ano, originou medo de uma recessão no mercado imobiliário deste país.

Mas ainda há mais factores a considerar: a subida das taxas de juro, a subida do preço do petróleo e o resultado de algumas empresas abaixo do esperado, tudo contribuiu para este "afundar" das principais praças norte-americanas.

Virando-nos um pouco mais para Portugal, nos últimos anos o incentivo ao crédito, não só para fins de investimento por parte de empresas mas também por parte de particulares para consumo próprio, remetem para uma possível bolha de investimento. Isto porque o dinheiro fácil origina valorização desmedida de activos e outros produtos, nomeadamente bens de consumo, que deveriam ser comercializados a preços mais acessíveis.

Como temos vindo a confirmar os bancos são os mais penalizados com esta situação. Surge o medo que as dívidas não sejam pagas.

Estes são os principais factores responsáveis pelas descidas acentuadas que se têm sentido nos últimos dias. Não podemos prever o que irá acontecer, poderá ser apenas uma correcção ou a crise sentida maioritariamente no outro lado do Atlântico, poderá agravar-se e tomar proporções que terão impacto a nível mundial.

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